Por: Rogério Gava
A felicidade é um mistério. Todos já a experimentamos; todos, também, já sentimos sua falta em algum momento da vida. Quando tentamos defini-la, contudo, nos vemos diante de um enigma. O que, afinal, representa esse sentimento?
Entender a felicidade, no entanto, não é uma tarefa inócua. Quanto mais reconhecemos sua verdadeira essência, mais chances temos de nos aproximarmos dela. Quando aprendemos o que nos afasta da felicidade legítima, nos tornamos mais propensos a encontrá-la.
Acredito que algumas atitudes frequentemente nos separam da felicidade. São posturas muitas vezes inconscientes, mas que criam obstáculos para sermos realmente felizes. Assim, listei que atitudes são essas, e o que podemos fazer para não sermos por elas iludidos. Saber evitá-las, pode ser um primeiro passo para uma vida mais sábia e feliz.
1 – PERSEGUIR A FELICIDADE Começo com um grande paradoxo: quanto mais corremos atrás da felicidade, mais dela nos afastamos. Porque tentar ser feliz é já não o ser. E por um motivo muito simples: a felicidade não é uma conquista ou algo que se obtém. Ao contrário disso, ela é AÇÃO. Esteja sempre em movimento e a felicidade acontecerá.
Você se esforça para ter fome? Para sentir tesão? A mesma coisa acontece com a felicidade. Ela deve ocorrer ao natural, consequência de uma postura coerente diante de nossas convicções. Dos “sims” e “nãos” que vamos dando ao longo de nossa caminhada. Com todas as implicações (boas e ruins) aí embutidas. A felicidade é tornar-se, e isso só ocorre quando agimos. Quer ser escritor? É isso que te move? Então comece a escrever hoje mesmo. Sonha em se formar? Comece a estudar agora. E assim deve ser com tudo. Descubra quem você é e aja para sê-lo. Torne-se, sendo. Todos os dias. Ser feliz é um efeito colateral bom, de quando arregaçamos as mangas e atuamos em sintonia com nossos valores.
O filósofo francês André Comte-Sponville captou essa questão de forma bastante lúcida. Ele nos diz que vivemos sob uma espécie de “imperativo da felicidade”, ou seja, a ideia de que temos que ser felizes sempre, a toda prova. Arremata, afirmando que viver exclusivamente à caça da felicidade é justamente esquecer-se de viver. Isso porque a felicidade e a infelicidade são irmãs gêmeas, faces de uma mesma moeda. Uma não existe sem a outra. Muitas vezes, até, lutar contra a infelicidade já é, por si só, algo que nos deixa felizes. Não se trata, portanto, de perseguirmos a felicidade como o caçador a uma presa. Mas de vivermos de forma verdadeira e lúcida, sem a obsessão de sermos absolutamente felizes.
Assim, chega de esperarmos pela felicidade, aguardando pelo dia em que a teremos agarrado de forma definitiva. Pensar que em algum momento de nossa vida vamos ser totalmente felizes, capturando a felicidade como a um inseto em um pote de vidro, é tola ilusão. Como resumiu o filósofo Alain, em uma frase memorável: “a felicidade é uma recompensa que recebem apenas aqueles que não foram procurá-la”. Lembre-se: A felicidade não é algo para ser alcançado; é algo para ser vivido.
2 – COLOCAR A FELICIDADE EM ALGUM PONTO FUTURO A felicidade não é um estado futuro, onde todos os nossos objetivos estarão alcançados e os problemas resolvidos. Ela não é um lugar; uma Xanadu mágica. Ao contrário, a felicidade mora aqui bem pertinho, no presente. Nos momentos que se somem no passar dos segundos. Na vida real e comum dos dias. Como disse lindamente o grande Guimarães Rosa: “a felicidade se acha em horinhas de descuido”. É ali, nos pequeninos detalhes – no beijo em quem amamos, no abraço apertado de um filho, em uma pequena vitória, em uma taça de vinho ao final do dia, e até mesmo na luta contra uma dor –, onde encontramos a felicidade nos acenando.
A conhecida máxima do Carpe Diem nos lembra disso a todo instante. Seja feliz agora, pois amanhã poderá ser tarde demais. Se não temos certeza de nada, por que então adiar a felicidade? Isso, é claro, não invalida nossos planos e projetos, essenciais para dar curso e sentido à vida. Também não deve nos transformar em meros hedonistas irresponsáveis, correndo de prazer em prazer de forma desvairada, como crianças em uma loja de brinquedos (o que eu chamo de “Carpe Diem de botequim”). O Carpe Diem autêntico, diferente disso, tem muito a ver com a felicidade, nos lembrando que o importante, em tudo na vida, é a construção, e não tanto a obra acabada. Afinal, sejamos honestos: não sabemos se estaremos aqui para viver o que sonhamos. Lembre-se: A felicidade habita o agora: nunca deixe para ser feliz amanhã.
3 – TOMAR A FELICIDADE COMO O ALCANCE DE NOSSOS OBJETIVOS Se há uma definição certa para a felicidade, é esta: ela é caminho. E caminhos se constroem ao andar. A felicidade não está abrigada no cume de uma montanha, esperando pela chegada do alpinista. Ela mora na própria escalada. A felicidade não está em alcançar uma vitória: está em lutar por ela. Pense em quando você queria muito alguma coisa, até que conseguiu: você ficou feliz, com certeza, mas, quanto durou essa sensação?
Lembra dos Natais da infância? Esperávamos ansiosos durante dias, meses até, pelo tão sonhado brinquedo. Quando finalmente o tínhamos nas mãos, quase explodíamos de felicidade. No dia seguinte, contudo, a sensação de euforia já não era a mesma. Dali a uma semana, nossos pais, surpresos, nos perguntavam por que havíamos perdido o interesse por algo tão desejado.
Crescemos, nossos brinquedos mudaram, mas a sensação é a mesma. A felicidade da espera, do sonho, dos projetos, não é a mesma da realização. Tenha sempre em mente: “não existe gozo do real sem o luto do imaginário”. E, sinceramente, penso que é bom que seja assim. Esse sentimento de querer, é o que, enfim, nos empurra para frente. Nos faz pular da cama, prontos para mais um dia. Todos os dias. Lembre-se: A felicidade não é um checklist de conquistas e realizações; ela é o percurso para chegar lá.
4 – NÃO ACEITAR O FRACASSO Remoer fracassos, erros e perdas: eis uma das maiores causas de nossa infelicidade. Uma questão crucial para resolver isso é mudar o nosso paradigma a respeito de fracasso e sucesso, que coloca esses dois eventos como totalmente excludentes e antagônicos. Nada mais falso do que essa concepção. Afinal, quem pode jugar o que é fracasso e sucesso na vida de cada um de nós?
Fracassos, muitas vezes, se revelam uma benção. Tive essa experiência quando não passei em um concurso para o qual me preparei durante um longo ano. Na época, óbvio que fiquei frustrado. Se tivesse sido aprovado, no entanto, fatalmente eu não teria conquistado a vida profissional que tenho hoje. E que me deixa muito feliz. Se eu tivesse passado, inevitavelmente, também, não teria conhecido minha esposa, a mulher da minha vida, e meus filhos amados não existiriam. E então, essa reprovação foi um fracasso? Ou um sucesso? Muitas vezes o que lamentamos, revela-se, em momento oportuno, o melhor para nós.
O famoso psicólogo Daniel Goleman, um dos precursores da teoria da Inteligência Emocional, lembra que a maneira como nos relacionamos com nossos sucessos e fracassos, define, em muito, a postura que temos diante da vida. Pessoas otimistas encaram os reveses de percurso como algo que pode ser mudado, consertado. Já os pessimistas ficam obcecados pela culpa, alimentando a certeza de que as coisas deram errado por elas serem a pessoa que são. E, sendo o que são, acreditam que nada podem fazer para mudar elas próprias e as circunstâncias. Essas pessoas, no fundo, não têm capacidade de suportar as derrotas, e passam a vida alimentando um círculo vicioso de autocomiseração.
Pergunte-se: O que é um fracasso, afinal? Quem o define e sob que lentes? Quem é o juiz de nossos erros? A consagrada escritora J.K. Rowling, criadora da saga Harry Potter, disse que é somente cada pessoa, por conta própria, quem pode decidir o que constitui um fracasso, ou não. E se não fizermos isso, o mundo (nossos pais, a escola, o mercado), o farão por nós. Quando embarcamos nesse equívoco, passamos a julgar nossas ações sob olhos alheios; então, viramos reféns da aprovação dos outros. Lembre-se: Sucesso e fracasso são percepções relativas; somente cada um de nós pode avaliar o valor positivo ou negativo do que fizemos ou nos aconteceu.
5 – NÃO GOSTAR DA PRÓPRIA HISTÓRIA Negar nossos erros, acidentes, derrotas e burradas, é negar quem somos. É não nos amarmos, com todos os nossos defeitos e limitações. E quem não ama a si próprio não amará a vida, os outros, tornando-se uma pessoa amargurada e infeliz.
Somos o resultado de tudo o que fomos. Se eu apagasse os momentos ruins que tive, estaria apagando o meu próprio eu. Além do mais, não somos bons autores de nossa própria biografia. Isso porque a memória sempre embaça a visão do passado (um efeito muito estudado pela psicologia), e o que chamamos de “nossa história” é sempre uma recriação do presente. Olhar para o que aconteceu, em retrospectiva, portanto, não é muito aconselhável. A vida vista pelo retrovisor pode nos ludibriar.
O psicanalista Juan-D. Nasio escreveu uma passagem luminosa sobre isso: “(…) sou neste instante o resultado de tudo o que fui, de todas as experiências agradáveis e desagradáveis por que passei. E diria que não me arrependo de nada, uma vez que tudo o que me precede me leva a ser aquele que sou hoje perante vocês e perante mim mesmo”. Entretanto, quantas vezes sofremos remoendo o passado, nos arrependendo do que fizemos ou deixamos de fazer. Caminho mais curto para o inferno do espírito. Por que nossa trajetória teria que ser perfeita? Linear? Nenhuma biografia está isenta de percalços; de momentos vexatórios e vergonhas. A geografia da vida é feita de vales e montanhas. De perdas e ganhos; derrotas e vitórias. Escuridão e luz. Assim, temos que aprender a olhar para trás com orgulho, com tudo de bom e ruim que a vida nos proporcionou. Curar as feridas do passado e seguir em frente.
Lembre-se: O caminho da felicidade é também aceitar a própria história. Mais do que isso: é preciso sinceramente amá-la.
6 – CULPAR A VIDA PELA NOSSA CONDIÇÃO Todos nascemos sob dado contexto social e natural. Podemos vir ao mundo homem ou mulher, pobres ou ricos, bem-dotados fisicamente ou com algum defeito de nascença. Para usar uma metáfora conhecida, chegamos à vida com uma “mão de cartas”, algumas piores, outras melhores. O que faremos no jogo? Bem, isso só dependerá de nós. A verdade é que as cartas que recebemos não nos definem.
A esse respeito, gosto muito do que diz o filósofo francês Luc Ferry: “situação não é determinação”. Ou seja, nossa origem não nos determina. Se temos um ponto de partida do qual jamais nos livraremos, temos também a possibilidade de escolha a partir daí. A neurobiologia ensina que nossos circuitos cerebrais são extremamente maleáveis, ou seja, não estamos presos mentalmente a nossa personalidade ou constituição genética.
Nosso “eu” não é um destino. Isso significa que temos a escolha de moldar nossas emoções e que ser feliz, sim, tem muito a ver com livre-arbítrio.
Todos temos um bem muito precioso, valiosíssimo, e esse bem se chama liberdade. E ser livre é justamente assumir a responsabilidade pelos nossos atos e omissões. É o contrário de acreditar no destino, do “deixar a vida rolar”, da resignação e do conformismo. Característica das pessoas que colocam a culpa pela própria condição no acaso, na vida, nos outros, em tudo, sem jamais partirem para mudar a situação. Ser responsável, ao invés disso, é tomar as rédeas da própria jornada, fazer de nossa existência algo diferente do que ela nos deu. Não temos culpa de nossa largada: mas temos o dever de agir sobre ela.
Lembre-se: Não adianta chorar; adianta, sim, arregaçar as mangas e mudar o que a vida nos ofereceu.
7 – CONFUNDIR PRAZER COM FELICIDADE O prazer faz parte da felicidade, mas com ela não se confunde. Prazeres são sempre fugazes e insaciáveis: mais dinheiro, mais sexo, mais conquistas, mais viagens. É claro que quando vivido de maneira equilibrada e autêntica o prazer é saudável, não há dúvida. Como quando fazemos amor com quem amamos. Ou saboreamos aquele prato que tanto gostamos. Repare que esse “prazer bom” é sempre qualitativo, e não quantitativo. Sexo é bom; só pensar em sexo é perversão. A boa mesa é um dos prazeres da vida; viver para comer é patológico e pode nos matar. O prazer deve estar a serviço da felicidade, e não fazer as vezes dela. Como escreve o filósofo contemporâneo francês Frédéric Lenoir, a felicidade mora no justo meio entre a renúncia ao prazer e a libertinagem.
Inúmeras pesquisas comprovam o óbvio: a partir de determinado nível de conforto material, nosso estado de felicidade interior depende cada vez menos de novas aquisições e conquistas. De grandes pirotecnias prazerosas. Isso quer dizer que se ter um automóvel é algo que me deixa feliz, trocá-lo todos os anos pelo último modelo ou ter cinco automóveis na garagem, pouco contribuirão para aumentar o meu nível de felicidade geral. Viajar é bom, por certo, mas não será a quantidade de países conhecidos que me fará mais afortunado.
A felicidade está ligada a nossos valores, com aquilo em que acreditamos da forma mais sincera, e não com o acúmulo de prazeres e ganhos. Ela não depende de reconhecimento social, do consumo desregrado ou de uma aparência física fantástica, falsas promessas de felicidade de nosso mundo moderno. Pense em todos os astros do rock e do cinema que morreram de forma trágica, solitários e infelizes. Muito ganhadores de prêmios milionários na loteria arruinaram a própria vida a partir daí. Alguns até, cometeram suicídio. Justamente quando podiam, finalmente, “ter tudo” o que sempre desejaram. Usufruir de tudo o que sempre sonharam. A felicidade, no entanto, lhes escapou. Pelo simples fato de que uma avalanche de prazeres não nos faz feliz.
Lembre-se: A vida é propósito, e não gozo desenfreado.
8 – VIVER IMERSO NA CULPA A culpa é um dos sentimentos mais poderosos que existem. Se por um lado o sentimento de culpa faz parte de uma psicologia saudável (é só lembrar que um psicopata não sente nenhum arrependimento pelas atrocidades que comete), seu excesso e mau gerenciamento pode nos arruinar. A esse respeito, gosto de pensar que existe “culpa boa” e “culpa ruim”. A culpa boa é como um juiz interior: se eu causo um dano a alguém de forma deliberada, é natural que eu me sinta culpado depois. Se isso não acontecer, aliás, é um grave sinal sobre minha própria saúde mental. Já a culpa ruim surge sem que um mal real tenha sido praticado.
É o caso do adolescente que se sente culpado por ter sido reprovado no vestibular. Ora, nosso jovem na verdade está confundido culpa com vergonha, algo que muitas vezes fazemos. Ele pode ter estudado pouco, não levou o teste a sério, estava desmotivado pois não sabia se queria mesmo passar, enfim, as causas poderão ter sido várias. Mas, ele, definitivamente, não é culpado de nada. Apenas está envergonhado, e terá que arcar com as consequências de uma ação. Se ele ficar se culpando de forma obsessiva por não ter sido aprovado, certamente esse sentimento contaminará seu estado de espírito para testes futuros. Trazendo ansiedade, baixa autoestima, e, inevitavelmente, novas reprovações.
Lembre-se: a culpa ruim é um dos maiores obstáculos na trilha da felicidade.
9 – ACHAR QUE SÓ OS OUTROS SÃO FELIZES Em tempos de redes sociais esse equívoco ganhou impacto exponencial. Afinal, o que mais vemos no Facebook? Todos absolutamente felizes, compartilhando suas conquistas e prazeres. Alguém posta uma mancada? Um vexame? Um momento de frustração? Pois é, mas quem amadureceu só um pouquinho aprendeu essa reveladora verdade: ninguém é tão feliz quanto parece (ou gosta de aparentar).
Que a vida de nenhuma pessoa é um mar de rosas, é uma obviedade. Mas que muitas vezes esquecemos, e então, nos iludimos com a enganadora felicidade alheia. E passamos a pensar que somente nós é que temos problemas e frustrações. Feliz é o meu vizinho, esse sim! Enquanto esse mesmo vizinho, amargurado, olha com inveja para o que tenho…e assim caminha a humanidade. Sempre invejando a grama do outro lado da cerca. Esquecemos, muitas vezes, que toda vida é um mosaico de boas ou más experiências, e que ninguém é absolutamente afortunado ou infeliz.
O filósofo Sêneca, que viveu no primeiro século depois de Cristo, comentava que enquanto nos atormentamos com a felicidade alheia, nossa própria felicidade nos escapa. A inveja da felicidade do outro, portanto, é um dos maiores obstáculos a uma existência serena e feliz. Quando se trata de dinheiro, então, essa inveja se potencializa. Se fico sabendo que um amigo ganha mais do que eu ganho, basta para eu me auto inocular o vírus da infelicidade. Mesmo que meu próprio salário seja bom o bastante para eu ter uma vida confortável, ou mesmo acima da média da maioria das pessoas que conheço.
Lembre-se: Se deixar enganar pela felicidade alheia é o caminho mais curto para não ser feliz.
10 – NÃO VALORIZAR O QUE TEMOS Nossa última atitude equivocada: não agradecer. Gratidão: essa palavrinha mágica, que nos lembra do quanto, sempre, temos que dar graças. Quanto valem os seus filhos? A sua família? O que você conquistou até hoje? Nossa triste sina, porém, é que só valorizamos o que temos quando perdemos. “Só percebi que era feliz quando meu marido morreu”, ouvi certa vez de uma senhora, amargurada, comentando com uma amiga. Como diz sabiamente o ditado popular: “eu era feliz e não sabia”. Às vezes, só reconhecemos que éramos felizes quando ouvimos a porta bater, anunciando que a felicidade foi embora.
Um dos maiores inimigos da gratidão é o desejo. Porque desejar é querer sempre o que não temos; já ser grato é usufruir o que nos foi dado. E como seres de desejo que somos, é fácil cairmos na tentação de estar sempre desejando mais e mais, cegos para as bênçãos que florescem debaixo de nossos olhos. Todos os sábios do mundo falaram muito da gratidão, essa grande e sábia virtude. Saber agradecer, porém, é um sentimento que não nos cai nos braços de forma fácil. A loucura do mundo nos vende a ideia de que o bastante nunca é suficiente, que precisamos do último modelo de smartphone, trocar de casa ou viajar para aquela ilha paradisíaca. E então, infelizes e sempre inebriados pela falta, esquecemos de valorizar tudo o que temos.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer tem uma passagem reveladora sobre a gratidão. Diz ele que devemos sempre olhar não para o que poderíamos ter, mas para o que temos. E ensina que ao invés de perguntar “como seria se fosse meu?”, para tudo aquilo que nos falta, devemos olhar para as coisas que possuímos e pensar com sinceridade: “como seria se eu as perdesse?”. Ser feliz, nos lembra o filósofo com a simplicidade das boas mensagens, é valorizar o que já se tem.
Lembre-se: A felicidade verdadeira sabe agradecer.
Rogério Gava é Coautor do livro “Empresas Proativas: Como Antecipar Mudanças no Mercado”, Editora Campus Elsevier, 2011. Ganhador (3º lugar) do Prêmio Jabuti 2012. Coautor do livro “Proactive Companies: how to anticipate market changes”, Palgrave Macmillan, 2012. Finalista do Marketing Book of the Year 2013. Citado pela revista VOCÊ SA (julho 2012) como referência na área de Proatividade Empresarial. Coautor do Livro “Estratégias Proativas de Negócio: As Quatro Chaves da Proatividade”, Editora Campus, 2014.