Agilidade para novos tempos
O cenário que vemos hoje no Brasil e no mundo, é de um ambiente dinâmico e que precisa de respostas rápidas das organizações. É condição essencial o olhar constante e a renovação de modelos de negócios, adotando abordagens estratégicas que possam ser adaptadas ao longo do tempo.
No livro de Zero a Um, Peter Thiel descreve que “as melhores práticas” atuais levam a becos sem saída; os melhores caminhos são os caminhos novos e não testados. E sob este olhar, podemos dizer que o momento é muito apropriado para criar roteiros diferentes do que conhecemos e experimentar novas rotas.
Vantagem competitiva pressupõe agilidade, priorizar oportunidades e olhar para o futuro. E é aí que podemos pensar na modelagem como um exercício dinâmico, que pode nos ajudar a renovar o modelo de negócio.
Modelar significa dar forma à alguma coisa, para que seja possível visualizar, analisar e modificar. Um modelo de negócio é uma estrutura para encontrar uma maneira sistemática de oferecer valor aos clientes, capturando valor, a médio e longo prazo, por meio de estratégias de monetização. É uma estrutura holística para entender, projetar e testar suposições de negócios, de forma ágil, no mercado. É uma forma de testar parte de uma estratégia. Por exemplo, se o fluxo de receitas é um componente essencial no modelo de negócio, é essencial testar quais os fluxos que são mais adequados para o modelo se tornarem viável.
Para construir o seu modelo de negócio, vários componentes são necessários e todos são importantes e interdependentes. É preciso considerar e compreender como será a aquisição de clientes e sua retenção, como será a operação, gerenciamento do negócio, além da monetização. A chave do sucesso para cada tipo de negócio é diferente: enquanto para um negócio pode ser a distribuição, para outro pode ser a rede de parceiros. Cada empresa terá um modelo único e por isso o design do modelo é tão importante.
O objetivo principal é criar uma cadeia que seja sustentável, que libere valor para as várias partes interessadas dentro de um mercado. Portanto, essa cadeia de valor começa na definição do seu segmento de clientes e a partir de uma proposta de valor para eles. Você não precisa dominar todo o mercado, pode começar a partir de um nicho, mas ele precisa estar definido. Esta escolha pode ser impulsionada quando você cria ou revisa o seu modelo de negócio. Ao invés de oferecer genericamente um produto ou serviço, você começa a analisar e a partir desta análise define e se concentra em adquirir e atrair valor para o maior número possível de clientes dentro de um determinado segmento, nicho ou outra classificação que você determinar. Após elaborar o modelo, testar e validar de forma muito clara a sua proposta de valor, você amplia os segmentos de mercado.
Da mesma forma que os cientistas têm laboratórios para fazer experimentos, no mundo empresarial estamos experimentando o tempo todo, de forma real, para criar ou renovar modelos que sejam bem-sucedidos no mercado. Aí é que entra o pensamento estratégico, analisando, experimentando, corrigindo os rumos. Isso significa que pode ser necessário mudar várias e várias vezes e assim, da mesma forma, testar e testar. É preciso enxergar além do óbvio.
Vamos pensar agora sobre a tecnologia.
Ela está disponível e nos permite criar coisas novas e experimentar modelos que ainda não foram testados, mas é um tipo de inovação diferente do modelo de negócios. Podemos pensar nela de forma a combiná-la com novas maneiras de olhar o cliente, de atende-lo, incluindo uma estratégia poderosa de levar o nosso produto ou serviço até o cliente a partir de estratégias criativas de monetização.
Para que as empresas possam se manter vivas e atuantes, precisam ter um Propósito muito claro e ampliar a Visão, para que todos os interessados que fazem parte deste sistema, saibam para onde estão indo e porque fazem o que fazem. Somente assim estarão criando vantagens competitivas duradouras, encantando seus clientes através de uma jornada única e especial, gerando resultado.
“As pessoas não compram o que você faz, elas compram porque você faz isso.” – Simon Sinek
A Visão de Futuro (um Presente em movimento)
Não existe uma maneira única de criar ou revisitar um modelo de negócios, mas existe um formato já testado e comprovado, que é a tela do modelo de negócio. A partir de 9 blocos as peças essenciais de uma cadeia de valor são encaixadas, de forma a termos uma visão sistêmica e ampliada para que um negócio possa ser construído, testado, ajustado e assim, com maiores possibilidades de ser bem-sucedido.
A tela do modelo de negócios é uma estrutura proposta por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur, que permite o design de modelos de negócios a partir dos seguintes elementos: segmentos de clientes, proposta de valor, canais, relacionamento com clientes, fontes de receitas, recursos principais, atividades-chave, parceiros-chave e estrutura de custos.
Nossa perspectiva sobre modelagem de negócios:
- não é sobre copiar e colar: é sobre propostas de valor singulares.
- um modelo será válido quando todos os ingredientes forem combinados, de forma a se tornar único, difícil de replicar, porque é criada vantagem competitiva.
- o modelo de negócio é sobre testar hipóteses, experimentar de forma rápida com menos custo para isso.
- é uma jornada contínua de descobertas, porque o modelo se transforma para passar para um novo estágio
- é sobre ter um modelo sustentável ao longo do tempo, estando preparado para agir rápido, enfrentar as crises que ainda virão e ser bem-sucedido.
- o mais importante é ter um modelo que funcione dentro de contexto em que a empresa está inserida.
Um modelo de negócio deve ser revisado sempre e à medida que as condições de mercado mudam. É preciso analisar as interações entre os blocos, experimentar e modificar. É uma forma de lidar com a incerteza para se manter em constante evolução.
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