Por: André Bianchi Monte-Raso – Fonte: Endeavor Brasil
Inovação é um tema recorrente e de fórmula ‘desconhecida’. Como algumas empresas conseguem criar um DNA de inovação e outras padecem à margem da tentativa? Sem tentar responder a todas as facetas dela, vou tentar trazer alguma luz às boas práticas de incentivo à inovação entre os funcionários.
Claro que a remuneração financeira, como bônus e stock options, são elementos importantes no alinhamento dos colaboradores com as metas globais da empresa, mas não são suficientes na criação de um ambiente de criatividade e inovação. Por vezes até, incentivos financeiros muito focados no curto prazo prestam um desserviço à inovação e à saúde da empresa no longo prazo.
Fundamental, então, é a criação de um ambiente positivo, que estimule a geração de novas idéias, sem penalizações por conceitos absurdos. O time, como um todo, deve se sentir co-criador e dono da empresa ou produto, responsável pelo seu sucesso ou fracasso e candidatos a receber a glória pela superação das expectativas no mercado.
Agora, como fazer isso? Na minha experiência, é tudo questão de cultura e atitude, muito determinada pelas ações e postura dos ‘chefes’. Aqui cabe a diferenciação entre o líder e o gerente. O líder estimula a inovação, trazendo sua visão e incentivando, energizando e inspirando seu time, enquanto o gerente tende a mandar fazer do jeito dele. Ou seja, a postura do gerente é um inibidor natural à criação.
Portanto, na próxima vez que você estiver tocando uma reunião, analise um pouco sua postura:
• Criei um ambiente positivo e não ameaçador para novas idéias?
• Fui como um líder ou um gerente?
• Estimulei, energizei, inspirei aos colaboradores em compartilhar a visão da empresa?
• Consegui deixar a sensação do projeto ser de todos e não só minha?
• Tenho sido um catalisador ou inibidor da inovação?
Aproveito para deixar um pensamento que levo comigo. O gerente tenta segurar a sua cadeira e seu título na empresa, se sentindo ameaçado que tomem seu lugar. O líder vive para tornar sua posição obsoleta, dando espaço para o crescimento de sua equipe e assim, naturalmente, ser alçado pelo seu time à busca de novos voos.